sábado, 9 de agosto de 2008

Entrevista para a GQ magazine


Justin Timberlake deu uma entrevista a revista GQ, intitulado como “Five Reason… to get excited about fragrance right now” (Cinco Razões… para ficar animado sobre fragrâncias agora). Na entrevista ele conta algumas informações sobre o seu trabalho com a Givenchy, e também sobre si mesmo.
Vejam em baixo a entrevista completa:

“Em uma era quando o Ministério da Música e um ídolo Pop lança fragrâncias, é difícil ficar emocionado com o endosso de celebridades - uma frase muito dita quando Jade Goody lançou a própria marca chamada Shh… Justin Timberlake, entretanto, é outro assunto. Apesar de uma carreira pop que dura 13 anos, ele raramente emprestou o nome para nada além de programas de caridade para crianças. Então por que ele colocaria o seu nome atrás da nova fragrância da Gyvenchy para homem, Play? Bom, para uma coisa o momento não poderia ser mais perfeito: como uma marca, Givenchy é preparada para um renascimento iminente, graças ao designer Riccardo Tisci que está a caminhar para tomar as rédeas das roupas masculinas. A última coleção da marca para a primavera 2009 trouxe uma tempestade à Paris, e de repente todos falam sobre a marca novamente. Entretanto, para Timberlake, é um pouco arriscado. GQ ficou surpresa quando o encontrou a caminho da sua suíte no Four Seasons, Paris, no dia do lançamento da fragrância.

GQ: Então porque essa colaboração?
Justin: Primeiro de tudo, eu não uso perfume há 10 anos, desde os dias em que eu me encharcava, até eu perceber que eu não queria cheirar outra coisa, eu queria ter um cheiro próprio. Então quando a Givenchy me chamou eu disse, “Eu preciso ser honesto, eu não uso o perfume. Se vocês quiserem fazer-me usar, tem que ser bom. Se vocês conseguirem convencer um gajo que não usa perfumes, será algo novo.”

GQ: Mas não é um risco? Tu não precisas do dinheiro e muitas fragrâncias não são Boas.
Justin: Eu estaria mentindo se eu dissesse que o fato da Gyvenchy fazer parte da família LVMH não teria algo a fazer sobre isso — é uma marca clássica. Muito antiga, de alta escala, e classicamente elegante. Então eu sabia que ia trabalhar com qualidade. Se vocês recebem uma oferta de alguém, as vezes eles apenas querem a vossa cara e vocês podem ver isso rapidamente. A maneira como eles chamaram-me, foi tipo “Nós queremos que tu te envolvas na criação de uma fragrância.” Eu sou uma pessoa criativa — eu não teria feito se eu não tivesse algo a oferecer para a marca deles e eles não me deixassem explorar a possibilidade.

GQ: Mas Tu realmente foste ao laboratório e fizeste as misturas?
Justin: Não ao laboratório, mas quando vocês entram em algo, vocês devem aprender o básico — como mudar de música para filme. É desenvolver um ritmo. Uma vez que vocês fazem 20 tapes de uma cena vocês sabem que precisam de se esforçar para os editores fazerem o trabalho deles. Com a fragrância, se você está tentando achar uma base comum, é talvez uma sensação de nostalgia. Eu li algumas pesquisas sobre homens que gostam do cheiro de comida nas mulheres — baunilha, feijão, cheiros cítricos. Nós somos muito primitivos. Então eles me mandaram tubos de teste e eu pedi algo mais silvestre e cítrico — algo com não muito cheiro. Eles apareceram com duas versões — uma mais fraca e outra mais intensa e nós estamos a lançar as duas. Vocês podem ser um modelo e um criador dependendo da profundidade desses acordos. Eu prefiro ser o segundo.

GQ: Por que a Gyvenchy te chamou?
Justin: Eu acho que a minha geração é muito diferente das clássicas que usam no perfume. Eu sinto que se nós tivéssemos acesso a muito mais coisas pela tecnologia — existe repercussão, lógico, mas em música, moda (eu considero perfume uma parte da moda), filmes…nós temos muito mais a escolher. Está tudo no iPod, 5.000 músicas. Dando oportunidades à minha geração e novos sabores é importante, porque nós esperamos isso.

GQ: É o fato de tu estares em todos os lugares que a geração escolhe estar?
Justin: Se vocês estam em todos os meios, eles vão cansar-se de ti muito rapido.

GQ: Então e agora?
Justin: Bem, eu estou a trabalhar no meu próximo CD, a espera de terminar ele até o outono ou no começo do ano. Para mim, o que será sempre o mais impressionante sobre os Beatles, por exemplo — em nenhuma maneira eu estou me comparar a eles — é como a música deles evoluiu a cada álbum. O que eu amo sobre o Radiohead é que vocês não sabem qual a banda vocês iram querer a cada álbum é esse o suspense. Mas para um artista solo, é um pouco diferente. Vocês tem que ter uma ponte entre cada álbum. Então se eu quero experimentar eu tenho que fazer com minha própria gravadora (Tennmann Records). Eu estou a escrever e produzir para uma cantora de 19 anos, um amigo cantor de 29 anos, uma banda rap/rock de minha cidade natal, e uma cantora R&B/hip-hop de 23 anos de Staten Island. Eu posso ir a qualquer lugar que eu desejo. Cada coisa que vocês experimentam quanto mais vocês tentam, mais isso aperfeiçoa o vosso próprio trabalho e permite que vocês progridam no seu próximo álbum. O que é verdade sobre mexer com o cítrico, silvestre e baunilha também. Eu apenas tenho que tentar não ficar ciente do que é esperado de mim, porque eu fico louco a tentar chegar a esses padrões. O principal é – divirta-se".

Thanks JTBR

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